Os gêneros textuais são as classificações de textos com base na sua regra de construção, de como o texto é montado. Aqui escolhi falar sobre quatro tipo de gêneros, que são particularmente jornalísticos, são eles reportagem, entrevista, coluna social e notícia.
Reportagem: Caracteriza-se por uma descrição aprofundada de algum determinado fato de interesse público por uma, ou mais, testemunhas. Desta forma tem um resultado mais abrangente sobre o fato.
Entrevista: Consiste basicamente em um conjunto de perguntas com finalidades que podem variar, desde, relatos opinativos até um perspectiva perante um determinado fato.
Coluna Social: É uma seção dentro de um jornal ou de uma revista que possui como enfoque a busca por notícias de uma determinada elite social.
Notícia: Um texto informativo construído de maneira impessoal.Tem como enfoque a transmições de fatos e acontecimentos.
Falando mais sobre a intertextualidade podemos concluir que toda produção invoca um gama de conhecimentos antecessores ao que está sendo lançado, para assim, compreende-lo. Até mesmo esse post depende de uma série de intertextualidades para que possa ser compreendido. Para fechar essa última definição, segue uma imagem para que se entenda melhor o que foi passado. A imagem traz uma manchete de um site e dentro da imagem há algumas setas que levam a aspectos que fazem intertextualidade com a mesma. Veja:
Para visualizar melhor a imagem basta clicar nela, mas se deseja ver a postagem anterior sobre o tema clique aqui.
Ao comparar as duas imagens acima podemos notar uma relação entre as mesmas, essa relação pode vir aqui a ser chamada de intertextualidade, ou seja, a imagem do personagens Os Simpsons remete a uma imagem clássica das banda inglesa The Beatles e essa posição requer um conhecimento prévio do receptor acerca da representação original. Veja abaixo uma sequência de exemplos e entenda melhor, pouco a pouco, como funciona e como identificar esta relação.
Apesar de ser uma maneira explicita de representar a intertextualidade a imagem não é o único elemento que a detém. Veja um exemplo:
Para ver a outra postagem sobre o tema clique aqui.
Dentro da mídia é comum o uso de imagens que contenham uma ideologia, ou seja, um conjunto de crenças e de valores que estejam em benefício de um marca, pessoa, ou até grupo religioso. O uso da representação ideologia é facilmente difundido em campanhas publicitárias, como o exemplo que irei mostra logo abaixo, assista o vídeo:
As características ideológicas deste vídeo são bastantes comuns dentre os comerciais de materiais de limpeza (como água sanitária ou detergentes), ou seja, já é algo naturalizqado que não desperta questionamento.
O primeiro fato naturalizado é o público para quem o comercial se destina, ao grupo feminino, portanto, a ideologia diz que apenas mulheres lavam seus banheiros, ou melhor, é obrigação das mulheres manter (no caso) o vaso sanitário limpo.
Além disso, dentro do comercial, notamos que a mulher não está apta a casar, estabelecer um compromisso mais sério, se não realiza as suas obrigações domésticas.
Como um terceiro ponto a ser analisado é o uso da frase dita pelo vaso sanitário 'Limpar o vaso? Nada né?!' que questiona o gasto de tempo e de energia da mulher em coisas que não estão ligadas as suas obrigações. Mais uma vez, leva o telespectador a crer que a prioridade dentro da vida de feminina deva ser o zelo pela vida doméstica.
No final do comercial, após ela comprar o produto indicado e fazer a limpeza de seu banheiro o vaso solta um som, assovio, que tem um conotação de galanteio, explicando melhor, a reação do vaso indica que a mulher é mais desejada quando segue a ideologia que o comercial tenta passar.
A comunicação é um instrumento multisemiótico, ou seja, tem relação com mais de um sentido, a comunicação estimula e interage não apenas no que está sendo dito ou ouvido, mas tem atuação também no ambiente, no conjunto de imagens, por exemplo. Um exemplo dessa característica da comunicação é a linguagem não verbal, ou seja, não foi/é necessário o uso da palavra para comunicar um determinado, como vamos ver nos exemplos abaixo, desapontamento ou sentimento de alegria.
Postura positiva
As imagens abaixo mostram ações não verbais como sorrisos, abraços, gestos de carinho. Ou seja, mostra uma reação positiva ao que ocorreu, passando uma mensagem de satisfação sem precisar do uso da palavra.
Postura negativa
Os vídeos a seguir vão mostrar uma sequencia de reações em um determinado contexto, que vão demonstrar reações de raiva, susto, medo de uma maneira não verbal, ou seja, uma postura negativa que a pessoa pode tomar como resposta a uma ação, comunicando sua insatisfação.
Ações não verbais são muito utilizadas em trailers comerciais, como de filmes, para evocar no receptor uma compreensão do que está sendo representado, sem a necessidade de narrar todos os pontos do filme, ou evento.
Agora teremos um exemplo da função referencial e da emotiva, para entender mais sobre as funções de linguagem clique aqui.
Função Referencial
O texto acima é um exemplo de função referencial uma vez que o texto é tratado na terceira pessoa, ou seja é um texto é impessoal. Outra característica marcante é a objetividade e a clareza da informação.
Função emotiva
Canção Final
Oh! se te amei, e quanto!Mas não foi tanto assim. Até os deuses claudicam em nugas de aritmética. Meço o passado com régua de exagerar as distâncias. Tudo tão triste, e o mais triste é não ter tristeza alguma. É não venerar os códigos de acasalar e sofrer. É viver tempo de sobra sem que me sobre miragem. Agora vou-me. Ou me vão? Ou é vão ir ou não ir? Oh! se te amei, e quanto,
quer dizer, nem
tanto assim.
Carlos Drummond de Andrade
O poema acima é narrado na primeira pessoa do
singular, ou seja, é caracterizado pela ênfase da perspectiva e do sentimento
que o autor cultua, e não pela ênfase do fato em si, do ocorrido.
Conhecendo os elementos básicos quem estão inseridos em uma comunicação passamos agora a estudar a linguagem. Ela apresenta algumas funções, que vão atuar com relação aos interesses pretendidos pelo produtor da mensagem, essas funções são sintetizadas em: emotiva, conotativa (apelativa), referencial (denotativa), poética, fática e metalinguista.
É interessante lembrar que, na maioria dos textos existe mais de uma função atuante.
Para explicação dos itens acima segue uma representação gráfica:
Dificuldades em visualizar a imagem? Clique aqui (1,2)
Como dito, na publicação passada (aqui) onde falamos sobre os elementos da comunicação, para que a mensagem seja passada do emissor para o receptor é necessário, alguns itens que podem estar inseridos dentro de uma comunicação. Segue abaixo alguns itens importantes, os seus significados, e relevância.
Informação: Toda comunicação possui em sua mensagem uma informação,ou seja a informação que a mensagem transmite, pretende transmitir. Um exemplo claro de informatividade é o jornal.
Conhecimentos prévios:Para que haja uma compreensão a informatividade da mensagem precisa estabelecer relação nas áreas do conhecimento do receptor e do emissor. O assunto a ser falado deve ser apresentado em uma perspectiva conhecida pelo locutário para que não ocorra dúvidas ou incompreensões. Como exemplo a diferença do código, língua usada. Esse pensamento, de algo que venha atrapalhar a transmissão da mensagem, carateriza nosso segundo item, o ruído.
Ruído: É uma intervenção no envio da mensagem que impossibilite o entendimento da mesma. Exemplo: Uma palavra utilizada fora de contexto.
Redundância: É basicamente a repetição da mensagens ou dos termos contidos nela, esse processo linguístico resulta em uma maior absorção do conteúdo mostrado, pois, a repetição, ameniza as ações do ruído, aumentando a interação da mensagem com o emissor.
Entropia: Na na física o termo é utilizado pela termodinâmica e é geralmente associado ao termo 'desordem'. Na linguagem o termo não recebe tanta distanciação. A entropia linguística pode ser definida com uma desordem, ou seja, em uma imprevisibilidade da informação.Como exemplo, na imagem abaixo a té a sequência de palavras escolhidas 'Subversão, caos, sabonete.' tem um final que foge ao campo semântico, ou seja, não é previsível
Multissemiótico: Esse termo corresponde a dizer que a linguagem utiliza vários meios, ou seja signos, para estabelecer sentido. A comunicação, em uma conversa por exemplo, não ocorre apenas pela fala, mas o sentido também é atribuído de formas distintas de acordo com os estímulos visuais emanados pelo receptor.
Motivação: O receptor precisa estar disposto a interagir com o emissor, ou seja, quem fala precisa ser ouvido para que haja a circulação da mensagem. Ao exemplo, uma situação hipotética, se uma pessoa escreve um livro, ao qual apenas ela leu, e não ouve nenhuma publicação, não existiria assim uma comunicação, ou se alguém passa um recado ao qual ninguém ouve é a mensagem não existisse, pois não foi assimilada/ouvida pelo receptor.
Coerência: Deve ocorrer uma organização dos fatos e das ideias a serem lançadas. A informação deve ser formulada e coerente, ou seja, deve ser passada de maneira lógica, apresentar sentido.
Em uma situação de comunicação diversos elementos influenciam na atuação ou construção de um significado. Os elementos principais se constituem por emissor, ou locutor, contexto e o receptor ou locutário.
Atendo estes três elementos, a comunicação gera mais três (que podem ser classificados como elementos secundários), compondo os seis elementos essenciais para uma compreensão da comunicação, ou como ela opera. Até o momento possuímos um emissor (que transmite a mensagem), o receptor (aquele que recebe a mensagem), e o contexto, esse que influi ou sofre influência dos outros três elementos que são o referente (o assunto), canal (conjunto de signos, linguagem utilizada) e o código(meio como a mensagem é passada, exemplo pela fala).
Além destes elementos, em uma comunicação bem sucedida, é necessário que haja uma compreensão do que é dito, ou transmitido, para isso ocorre, tanto da parte do emissor quanto da parte do locutor, uma evocação de conhecimentos prévios a ideia lançada. Se, em algum determinado momento, o conteúdo exposto pelo emissor exceder os conhecimentos do emissor a comunicação não será efetiva.
Segue uma explicação gráfica do que foi explanado.
